Um destes dias, passeando descontraidamente junto do Tejo fui dar com o memorial aos combatentes no ultramar.
Primeiro assolou-me um pensamento. Aquelas 3 paredes cheias de nomes que não há muito tempo lutaram e deram a vida por Portugal, um Portugal bem diferente do de hoje, bem sei, mas os tempos também eram outros. Quando fazemos julgamentos sobre a história nunca nos devemos esquecer de entender a política, a economia e a geopolítica do tempo em que a acção decorre. São elas que criam a conjuntura que por sua vez formata e delimita o leque de opções dos homens.
Perante o sacrificío daqueles que deram a vida pelo seu país, o que são as nossas queixas sobre a situação actual de Portugal? Nada, limitamo-nos todos a invocar direitos adquiridos, alguns deles suponho que milenares, pelo que, sacrifícios sim, mas não para nós, para os outros.
Para um país que tanto criticou e tanto se envergonha da sua guerra colonial, é bom lembrar que a nossa defesa junto das instituições internacionais para a manutenção das colónias era básicamente uma: DIREITOS ADQUÍRIDOS!
p.s.não pude deixar de lamentar o estado em que estão as gravações dos nomes dos combatentes mortos. Fazer bem custa tanto como fazer mal, é apenas uma questão de olhar aos pormenores. Não deixem que aquele muro se transforme numa vergonha, que é para onde caminha!
segunda-feira, agosto 08, 2005
Memorial aos Combatentes (de ontem e de hoje)
Publicada por Pedro Proença à(s) 3:42 da tarde
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